top of page

ANJ pública relatório sobre atentados à liberdade de imprensa no Brasil

  • Foto do escritor: Nadine Giffoni
    Nadine Giffoni
  • 30 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

De acordo com o relatório agressões tiveram um maior número de ocorrências. 

Nadine Giffoni, Jornalista 

A Associação Nacional de Jornais (ANJ), com colaboração inédita da ABERT, publicou em 19.out.2017 uma nova edição de seu Relatório de Liberdade de Imprensa, que registra casos de cerceamento à liberdade de expressão de jornalistas brasileiros entre setembro de 2016 e setembro de 2017.

Veja o relatório completo aqui: 

http://www.anj.org.br/site/images/pdf/liberdade/RELATÓRIO%20DE%20LIBERDADE%20DE%20IMPRENSA%202016-2017.pdf 

  (Copie e cole este link no seu navegador)  

O documento apresenta um resumo das agressões, ameaças, censuras judiciais, detenções, intimidações, insultos, atentados, ataques e de casos de vandalismo e assassinato de jornalistas nos últimos doze meses. Foram 73 registros no total. Segundo o relatório, os casos mostram que persiste “a intolerância e a falta de conhecimento do real papel da imprensa” no país. As agressões tiveram o maior número de ocorrências: o relatório registrou 30 episódios em que pelo menos 55 jornalistas ficaram feridos. Alguns dos episódios mais violentos foram a greve geral no país organizada em abril deste ano, um protesto contra as reformas trabalhista e da previdência em maio e uma manifestação contra o governo federal em 7 de setembro de 2016 em Fortaleza. O relatório contabilizou ainda 12 casos de ameaça – oito em 2016, quatro em 2017 – e dez detenções – três em 2016, sete em 2017. Houve também um episódio em que 30 homens recolheram suplementos do jornal Extra e exemplares do jornal O Fluminense em Niterói, após a publicação de reportagens sobre denúncias do Ministério Público contra Eduardo Gordo, ex-presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo, que é cidade vizinha. O documento dá destaque aos casos de censura judicial, que, entre setembro de 2016 e setembro de 2017, foram três. Entre eles, está episódio de fevereiro deste ano, quando a primeira-dama Marcela Temer entrou com ação pedindo a censura de reportagens dos jornais O Globo e Folha de S.Paulo antes que fossem publicadas. “Apesar de o Supremo Tribunal Federal, em diversas oportunidades, já ter deixado claro o caráter pétreo do princípio da liberdade de imprensa na Constituição brasileira, em que não cabe nenhum tipo de controle prévio à divulgação de informações, prosseguem os casos de censura judicial”, diz o relatório. “São decisões geralmente revogadas pelas instâncias superiores do Poder Judiciário, mas se constituem em flagrante desrespeito a um princípio constitucional.” Houve um assassinato de jornalista no Brasil desde setembro de 2016: o do jornalista e proprietário do jornal O Grito, Maurício Campos Rosa. O crime ocorreu em Santa Luzia, em Minas Gerais. Em 2017, nenhum jornalista foi assassinado. “É importante assinalar que a maioria desses casos não resultou em nenhuma apuração policial, abertura de inquéritos, processos e condenações”, declara o documento. “A impunidade, ao lado da intolerância com a liberdade de imprensa, segue sendo a principal razão dos inúmeros casos contra o exercício da atividade jornalística.”

A ANJ produz relatórios sobre a liberdade de expressão no Brasil desde 2004. Os arquivos dos anos anteriores podem ser encontrados aqui:  

http://www.anj.org.br/site/institucional/ativimenu.html   (Copie e cole este link no seu navegador)  

FONTE/ FOTO: Ascom Abraji 


 
 
 

Comments


Por Trás do Blog
Leitura Recomendada

The Wall Street  Journal

The NewYork Times 

BBC 

Observatório da Imprensa

Mídia Ninja

Quebrando o Tabu

Agência Lupa

Agência Pública 

Siga"NADINE GIFFONI"
  • Instagram Social Icon
  • Facebook Social Icon
  • Twitter Social Icon

© 2023 Blogpessoal "Anota Aí". Orgulhosamente criado com Wix.com

Visto em

bottom of page